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A graça é um presente! Abra-o!

  • murdochwilliam28
  • Mar 12, 2024
  • 3 min read





O Cardeal Ratzinger, depois Papa Bento XVI, foi dos homens mais inteligentes que a Igreja teve. Desde o Concílio Vaticano II ele agiu com intensidade na propagação da Fé. Teve muito a ver com o principal resultado do Concílio: o Diálogo. Logo no início do seu pontificado organizou o simpósio “Criação e Evolução”. Disto vou tratar noutro blog.


Esta palavra incomodou os tradicionalistas, que sabem mais que o Papa, achando que a Igreja Católica ia se diminuir por ouvir os demais irmãos. Não importa, o diálogo começou e continua até hoje com frutos excelentes!


A Fé tem de ser complementada com nosso esforço, que também é um dom da graça. Nossa Fé é em uma pessoa: Jesus Cristo.  Mas muitas vezes para que uma pessoa possa chegar a Ele, muitas barreiras têm de ser quebradas. Este será o esforço evangelizador que temos.


Porque as milhares de seitas protestantes também dizem que seguem o Cristo, que o encontraram como pessoa! E como fica a doutrina se basta este sentimento para nos dizer que estamos no caminho correto? É preciso muito intelecto e conhecimento da nossa fé para evangelizar.


São Pedro já nos ordenou isto, que conheçamos nossa Fé a fundo de modo que possamos EXPLICÁ-LA a outros.


Como é que um ateu se converterá a não ser que mostremos que Jesus é o caminho, a verdade e a vida? Mas para chegar até isto, exatamente porque somos seres racionais, teremos de ouvir, responder, ouvir de novo, entender, tudo no âmbito intelectual.

Se for apenas porque sentimos, qual a diferença da nossa Fé para uma superstição barata?


O intelecto tem de entrar pesado nestas questões, inclusive no diálogo com nossos irmãos protestantes e muçulmanos.


Imagine se Jesus, quando encontrou a Samaritana no poço, para convertê-la tivesse dito: “Sou Jesus, Deus, segunda pessoa da Santíssima Trindade, Incarnado por união hipostática…” Não. Ele começou o diálogo com um “Dê-me de beber.” Daí foi para os muitos maridos dela e o diálogo resultou na conversão da cidade.


Muita coisa boa tem vindo dos diálogos. Que são uma maneira de abrir o presente da Fé e mostrá-lo para os outros.


Vamos ver com a Igreja Ortodoxa. 900 anos discordando. E logo o Papa em 1965 suspendeu a excomunhão do Patriarca  de Constantinopla e este suspendeu a do Papa! Símbolo poderoso: vamos nos sentar e conversar sobre o que nos divide!

Daí pra frente o resultado deste diálogo. 1984 assinamos um acordo cristológico com a igreja ortodoxa da Síria de Antioquia. Eram o Monofisicistas. Resolveram tudo, viram que era uma questão semântica! 1600 anos que chegaram ao fim!

Em 1994 assinamos acordo semelhante com a Igreja Assíria do Este. Sabe quem são? Os nestorianos!! Desde 431 estávamos separados!!!! Esta igreja, nos Estados Unidos, se converteu inteira ao Cristianismo!


E o Islã? Ouviu falar do Timor Leste, que se separou da Indonésia? Era 97% muçulmano. Agora 97% cristão e basicamente católicos! Na Indonésia, centenas de milhares convertidos!


No discurso de Regensburg, Ratzinger começou a convidar o Islã ao diálogo. Este documento teve efeito negativo no início, mas conseguiu um diálogo com 238 professores clérigos islamitas.


Também houve uma declaração conjunta sobre justificação pela fé com os Luteranos. O diálogo continua. Pelo menos ficou claro para eles que não estamos dizendo que o sacrifício da cruz foi incompleto! O fato é que na America estamos vendo conversões individuais aos montes!


E a  Igreja tem de continuar o diálogo com a sociedade, ateus, pró-aborto, e mazelas novas que incomodam os cristãos, que têm vontade de dizer “vão para o inferno”.

Temos de Evangelizar, mas temos de entender a Fé e saber explicá-la racionalmente!

 

 

 

 

 

 
 
 

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