Este a parábola de Jesus soa meio mal.
Nela Jesus diz que as 99 ovelhas “justas” não são importantes. Importante é a ovelha pecaminosa, e Ele sai atrás dela!
E as 99? Não correm o risco de ficarem sozinhas? Jesus textualmente diz que haverá mais alegria no Céu por uma ovelha recuperada do que pelas 99 justas, que seguem a lei de Deus, que fazem jejum, que dão esmolas...
Portanto é melhor ser pecador do que santo, afinal, sendo santos, como parece indicar a parábola, não fazemos mais que a obrigação...
E mesmo esta ovelha desgarrada, se o Mestre conseguir apanhá-la e convertê-la, ela vai se tornar uma das justas e o Céu só vai se alegrar novamente se outra ovelha se desgarrar e for apanhada. Aquela de antes agora nada mais é do que uma das 99 justas...
Logo, como interpretar esta parábola? A da viúva que foi procurar a moeda perdida é clara. Deixou as outras moedas e foi procurar a que sumiu. As moedas não corriam risco. Achou e comemorou.
Teria Jesus se enganado com o exemplo usando ovelhas?
Não, de jeito nenhum.
Porque quem diz que nós somos santos?
Quem diz que somos uma das 99?
Só Jesus, Nossa Senhora e São José se enquadram nesta categoria.
Nós somos pecadores. Somos ovelhas que constantemente se desgarram e que bom termos a graça de Deus, que é o Espírito Santo, vindo nos buscar e reconverter.
Assim nós estamos constantemente alegrando o Céu. Pecamos, somos buscados, Jesus nos traz no seu peito, carinhosamente e nos cloca no seu redil de novo, a Igreja. E ficamos nisto até a morte. Lutando por pecar cada vez menos, cada vez com matérias menos graves, pedindo a intercessão de Nossa Senhora e de todos os santos, para que na hora H estejamos dentro do rebanho dos justos. Aí o prêmio vai ser inimaginável!
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