Estou há dias pensando como escrever sobre a Eucaristia. É um presente grande demais para que eu me atreva a isso.
Jesus já veio, deu seu corpo por nós, sofrendo, morrendo e ressuscitando. De que mais precisava? Já nos abriu a porta do céu! Que cada um agora faça por merecer chegar lá!
Mas sabendo que poderíamos ser ingratos, quis deixar muito mais. Deixar o Espirito Santo com Ele de forma palpável, única, exclusiva, acessível a cada cristão. Deixou-se a si mesmo no formato de pão e vinho, alimento e bebida para nossa alma. Só mesmo Deus para pensar uma coisa destas... Naturalmente então toda a Trindade está presente!
No começo, os discipulos partiam o pão, isto é, se alimentavam de Cristo!
Com o passar do tempo, na Idade Média, a importância deste milagre foi tal que a Igreja recomendava pouca frequência da Comunhão. Porque como era a vinda do Rei, não se podia banalizar este fato. Esta visita deveria ser bem valorizada, bem preparada para que o nosso Deus fosse recebido com pompa maior do que a dos reis, e uma vez em nossa casa, tratado com absoluta dignidade.
Com o passar do tempo a Igreja entendeu que a Eucaristia era muito mais um alimento para a alma. Deus não se importava em vir como comida para a alma até diariamente. Pois não nos alimentamos todos os dias?
Vai caber a cada fiel não deixar que a frequência diminua a importância deste alimento em nossas almas.
Hoje eu creio que mantenho as duas visões.
Em cada consagração na missa eu vejo que como um raio caindo no altar, um raio potentíssimo de luz espiritual, como que fazendo surgir um elemento radiativo que continua brilhando e atravessando a todos. Literalmente eu presenciara um milagre, um verdadeiro milagre, Deus se humilhando para nos servir de alimento.
E logo depois quem quiser pode ter acesso a Ele, sempre presente, mas agora ainda mais, no seu corpo glorioso disfarçado de um pedacinho de pão.
Que coisa maravilhosa.
É o presente mais valioso do mundo e não pagamos nada por Ele!
Bem, pagamos sim, porque devemos estar no estado de graça.
Mas aqui eu me lembro da comparação de um pai dando um dinheirinho ao filho para que este compre um presente que vai ser dado a este mesmo pai!
Ou seja, quem é que nos inspira manter e ajuda a nos manter em estado de graça senão o Espirito Santo?
Então é tudo presente, culminando na Eucaristia.
Como tenho pena dos que acreditam apenas no Deus que criou o mundo e agora só fica olhando. Ou dos que se julgam parte de um deus não pessoal e que vão se reincarnando como se a alma não fosse uma criação individual, única, exclusiva, da duração material de apenas uma vida de distância do criador! Mais pena ainda tenho dos ateus.
Todos estes não imaginam o que é sentir a ternura aliada à força do Criador do universo, ali, vindo até você, para ajudar na caminhada até Ele mesmo.
E humildemente permanecendo numa pequenina casa para que o possamos adorar. É demais. Que nunca nos esqueçamos disto!
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