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QUESTÃO DE PERSPECTIVA

  • murdochwilliam28
  • May 23, 2024
  • 3 min read

A homilia do Fr. Mike (*) discute a mudança de perspectiva necessária para navegar pelos desafios da vida, baseando-se em exemplos históricos e bíblicos.

 Começa com uma citação de G.K. Chesterton, destacando a importância de ver os inconvenientes como aventuras e vice-versa. A história então muda para o conto de um bloco de mármore imperfeito, inicialmente considerado sem valor, mas transformado na obra-prima de Michelangelo, David. Serve como metáfora para reconhecer o potencial em meio às imperfeições. E o caso aqui não foi brincadeira, o bloco de mármore entes de esculpido pesava 5 toneladas.

Aqui um pouco da história: Começando em 1461, um enorme bloco de mármore branco de Carrara, conhecido como "o Gigante", foi levado para a Opera del Duomo em Florença. Era destinado a ser uma das doze estátuas de profetas e patriarcas que adornariam o contraforte da Catedral de Santa Maria del Fiore.

Dois escultores renomados, Agostino di Duccio e Antonio Rossellino, tentaram esculpir o bloco, mas ambos desistiram por causa de sua complexa forma e das imperfeições da pedra. Abandonado por décadas, o "Gigante" acumulou poeira em um pátio da Opera del Duomo.

Em 1501, a República Florentina buscava um projeto para celebrar sua recém-conquistada liberdade e independência. O bloco de mármore esquecido foi finalmente redescoberto e a priori destinado a uma escultura de Sansão.

Entra em cena o jovem Michelangelo, de apenas 26 anos, que havia acabado de impressionar a todos com sua Pietá. Ele apresentou um projeto ousado para esculpir Davi, o herói bíblico que derrotou Golias, a partir do "Gigante".

A tarefa era desafiadora: o bloco era grande demais para o espaço destinado à estátua de Sansão, e a forma irregular da pedra exigia grande habilidade e criatividade. Michelangelo, porém, não se intimidou.

Trabalhando incansavelmente durante três anos, de 1501 a 1504, Michelangelo esculpiu a estátua com maestria, superando as dificuldades do material e infundindo na obra vida, força e heroísmo. A estátua de Davi se tornou um ícone da Renascença e um símbolo da força e da liberdade da República Florentina.

 

 

O foco então muda para o conceito bíblico de exílio, particularmente o exílio babilônico do povo judeu. Porque os judeus detestavam os babilônios. Em vez de suportar passivamente o exílio ou se rebelar contra ele, eles são instruídos por vários dos Profetas a viver plenamente onde estão, construir casas, plantar jardins e buscar o bem-estar de sua nova cidade. Essa perspectiva desafia a noção de esperar por circunstâncias ideais para começar a viver com fidelidade. É a diferença de perspectiva, de ver como uma inconveniência ou uma barreira, uma aventura ou uma oportunidade.

Um pouco desta história:  O exílio babilônico do povo judeu, também conhecido como Cativeiro da Babilônia, durou aproximadamente 70 anos, entre 586 a.C. e 538 a.C..

É importante ressaltar que o exílio não foi um evento único e homogêneo, mas sim um processo gradual que se desenrolou em três fases principais:

  • 586 a.C.: Primeiro exílio, com a deportação do rei Joaquim e da elite de Judá para a Babilônia após a conquista de Jerusalém por Nabucodonosor II.

  • 581 a.C.: Revolta liderada por Zedequias, novo rei de Judá, resulta em nova derrota e destruição de Jerusalém e do Templo de Salomão. Mais deportações de judeus para a Babilônia.

  • 539 a.C.: Ciro, o Grande, conquista a Babilônia e emite o Decreto de Ciro, permitindo o retorno dos judeus à sua terra natal.

Nem todos os judeus retornaram à Judeia, mas aqueles que o fizeram tiveram um papel fundamental na reconstrução de Jerusalém e do Templo, além da preservação da cultura e da religião judaicas. O exílio babilônico foi um período de grande sofrimento e transformação para o povo judeu, mas também contribuiu para o fortalecimento de sua identidade e fé.

 

 

A homilia enfatiza a fé na soberania de Deus, entendendo que mesmo as experiências dolorosas fazem parte do Seu plano para o nosso crescimento e redenção. Rejeita a ideia do sofrimento como punição, mas sim como oportunidades de transformação e revelação da beleza.

 

Traçando paralelos com as lutas modernas, a homilia incentiva os leitores a abraçarem o momento presente e confiarem que Deus pode usar qualquer situação para o bem. Ele conclui com uma mensagem de esperança, lembrando aos leitores que, apesar da falta de moradia temporária, eles podem viver plenamente sabendo que o plano final de Deus é trazê-los de volta para casa.

 

Voltando a Michelângelo, ele dizia que ao fazer Davi ele libertou os anjos que estavam presos no mármore. Eis sua famosa frase: a famosa frase "Eu vi anjos no mármore e apenas os libertei".

Assim também Deus pode aparentemente permitir males em nós mas que sempre se dirigem a um bem maior.

Toda a questão é qual perspectiva tomamos!

(*) Fonte: homilia do Pe. Mike Schmitz   em  https://www.youtube.com/watch?v=Pdap-3Uvks8

 
 
 

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